Concreto Sustentável no Combate ao Aquecimento Global: Novos Rumos após a COP 29 e o Desafio da COP 30
- Novakem

- 18 de nov.
- 3 min de leitura

A Novakem sempre acreditou que a construção civil pode (e deve) ser parte da solução para a crise climática. No nosso post de 2024, destacávamos como o concreto sustentável — produzido com resíduos industriais — tem potencial para reduzir emissões de CO₂ e minimizar o impacto ambiental das obras. Hoje, com os desdobramentos da COP 29 e a iminente COP 30 em Belém, esse tema ganha ainda mais relevância e urgência.
O que mudou desde a COP 29
Na COP 29, realizada em Baku (Azerbaijão), o Brasil apresentou sua 2ª Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC), assumindo a meta ambiciosa de reduzir entre 59% e 67% das emissões líquidas de gases de efeito estufa até 2035, em relação a 2005. Esse compromisso equivale a uma diminuição de 850 milhões a 1,05 bilhão de toneladas de CO₂ equivalente, segundo dados oficiais.
Esse novo patamar de ambição climática reforça a urgência de adotar soluções de baixo carbono em todos os setores — especialmente na construção civil, onde o concreto tradicional ainda é um grande emissor.
Além disso, a COP 29 reforçou a importância de ampliar o financiamento climático. Um dos eixos centrais para a COP 30 será justamente a entrega das promessas feitas em Baku, incluindo recursos de fontes públicas e privadas para apoiar tecnologias verdes.
A evolução do mercado de construção sustentável
O mercado de concreto sustentável (ou “green concrete”) tem mostrado crescimento acelerado. Segundo relatórios recentes:
Em 2024, o mercado global de green concrete foi avaliado em cerca de US$ 34,38 bilhões, e há previsão de que alcance US$ 69,27 bilhões até 2033, com uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de aproximadamente 7,7%.
Para o setor de materiais sustentáveis (que inclui cimento verde, agregados reciclados, entre outros), espera-se um crescimento global para US$ 645,11 bilhões até 2034, com CAGR de 11,5% entre 2024 e 2034.
O mercado de cimento verde, por sua vez, deve experimentar uma expansão significativa; estimativas apontam para uma taxa de crescimento de 11,9% ao ano entre 2025 e 2035.
Essa evolução reflete um movimento mais amplo: investidores e empresas agora veem o baixo carbono não como custo, mas como vantagem competitiva. Exemplos práticos incluem novas tecnologias para reduzir a pegada de CO₂ na produção de cimento e adições minerais (como escórias e cinzas) que substituem parte do clínquer tradicional.

Porque a COP 30 em Belém é um marco para o concreto sustentável
A COP 30, sediada em Belém (Brasil) entre 6 e 21 de novembro de 2025, representa uma oportunidade única para consolidar a transição para uma construção mais verde.
O evento marca uma virada simbólica: será realizado no coração da Amazônia, reforçando a urgência de proteger florestas tropicais como sumidouros de carbono.
Um dos temas centrais será justamente a aceleração das metas para 1,5 °C, com novos planos nacionais (NDCs) e a mobilização de recursos financeiros para tecnologias limpas.
O Brasil, como anfitrião, lançou o “Baku to Belém Roadmap”, uma agenda para mobilizar US$ 1,3 trilhão por ano em financiamento climático até 2035 — um pilar essencial para viabilizar inovações como o concreto sustentável.
Além disso, no contexto da COP 30, haverá espaço para apresentar e escalar soluções concretas (literalmente) de baixo carbono, fortalecendo a cadeia de valor da construção sustentável.
Concreto sustentável e o papel da Novakem na nova era climática
Para a Novakem, o momento é decisivo. Nossa expertise em aditivos especiais, escórias e demais tecnologias de alta performance nos posiciona para contribuir de forma estratégica com:
o avanço de concretos de ultra-baixa pegada de carbono,
o desenvolvimento de materiais mais duráveis e resistentes, reduzindo a necessidade de manutenção e retrabalho,
a promoção de uma economia circular na construção, reaproveitando resíduos industriais.
Nossa visão é clara: construir não apenas para hoje, mas para um futuro compatível com as metas climáticas globais, apoiando os compromissos firmados na COP 29 e colaborando ativamente para que a COP 30 marque um salto de escala na descarbonização do setor.




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